Tecnologia no Ensino
Quando e como usar a tecnologia no ensino?
É possível obter resultados significativos no ensino ao associar tecnologia ao currículo escolar.
O computador, por exemplo, é uma máquina de grande atratividade entre os alunos, imagine um educador usando esse trunfo a seu favor no processo de aprendizagem de conteúdos , mata-se vários coelhos nesse contexto – você tem alunos motivados, um leque de possibilidades se abrirá como pesquisas na Internet, mapas virtuais explorados, processadores de texto, planilhas eletrônicas, criação de slides, de blogs, troca de e-mail, realização e publicação de vídeos, criação e edição de imagens e animações e participar de uma vídeo conferência. Tudo isso somado a conteúdos com certeza gerará oportunidades de ensino.
Mas, para essa união de interesse do aluno junto ao computador com os inúmeros itens de programas que o professor poderá usar para planejar uma aula, ele terá que estar apto e consciente de todo aparato tecnológico que a escola ou o mercado oferece. Ssaber concatenar o recursos digitais com os conteúdos curriculares de forma a obter resultados significativos .
Acredito que o modelo atual de sala de aula – carteiras enfileiradas, alunos prestando atenção no professor – está com os dias contados. Nossos filhos e alunos nascem teclando, por crescerem a um meio transformado pelas novas tecnologias a escola terá que falar a linguagem deles. A Internet, por exemplo, não substitui o professor mas é uma ferramenta que pode ser usada ao seu favor e do aluno. “A Internet deixou o aluno mais livre, através dela o aprendizado vai além das quatro paredes, ele pode aprender a qualquer lugar e hora. A escola já sabe disso, mas ainda é muito tradicional, pois resiste à mudança inevitável”, acredita o espanhol José Manuel Moran, professor da Escola de Comunicação e Artes da USP. Mas para mudar é preciso inovar na forma de ensino, pois, como acredita Moran, a internet e as novas tecnologias são um ponto de partida. Nunca de chegada.
Um dia desses estava observando alunos de 06 anos interagindo com jogos educacionais no computador. Aqueles jogos de completar frases, quebra-cabeça e adição e subtração. Percebi que eles queriam mais, se tornaram inquietos, reclamaram que aquele programa era chato. Resolvi mudar minha metodologia. Estruturamos um projeto em que eles iriam usar a Internet para pesquisar um determinado conteúdo, um programa educacional focando o mesmo assunto e finalmente o programa Word e Paint para edição e ilustração. No início houve um certo desequilíbrio, pareciam inseguros, mas nas aulas seguintes eles se envolveram de tal maneira que o projeto teve como resultado um livrinho eletrônico sobre meio ambiente. O resultado foi significativo. Ao passar o livrinho no telão eles se sentiam orgulhosos, atentos e apontavam o dedinho exclamando – “olha o meu” ou o “desenho de fulano ficou legal”! Depois só foi jogar o arquivo para o site da escola para que os pais abrissem e fizessem download. Vez ou outra eles me convidavam para criar outro livrinho…
Outra aula convidei o professor de ciências para desenvolvermos um projeto sobre Sistema Solar – conteúdo de sala de aula. Usaríamos a Internet como meio de pesquisa, intervenções e orientação dos professores envolvidos e o programa Flash para criar animações que simulassem os movimentos de rotação e translação de planetas, fases da lua, as quatro estações, chuva de meteorito, etc.
Cada dupla pesquisou no laboratório de informática da escola sobre o assunto escolhido e do qual iriam representar em animação através do Flash. Claro, eles tiveram algumas aulas para aprender operar o citado programa. No início, eles exclamaram com os efeitos que o programa poderia produzir. Foi um dos pontos de partida que eu precisava para motivá-los e desafiá-los. Foi explorado os recursos de áudio – cada dupla gravou descrevendo a animação.
Depois que cada dupla conseguiu concluir seu desafio. Juntei cada arquivo swf criado e organizei em um cd-rom. Como resultado final foi formatado o conhecimento adquirido em um produto, um CD-ROM. O cd-rom “Viajando pela Via Láctea” foi apresentado no laboratório de informática em companhia dos pais dos alunos.
Percebi que o programa Flash na simulação de conteúdos, principalmente, os estão distantes dos nossos olhares, como animação que simula movimento de rotação e translação da Terra, é de vital importância. Pois ajuda na associação do conhecimento, sem falar que as ferramentas tecnológicas usadas em questão desenvolvem outras habilidades em nossos alunos. Por isso acredito piamente que se o professor associar o conteúdo às novas tecnologias conseguirá extrair resultados brilhantes.
Há quatro anos venho criando oportunidades de ensino usando o programa Flash e outras tecnologias digitais. Claro, tem uma gama de ferramentas, como citei no primeiro parágrafo que poderemos usar no ensino. Mas, por que o Flash? Observei nesses últimos quatro anos, que alunos a partir de 08 anos poderão usá-lo como ferramenta de edição de imagens. Mas somente alunos a partir dos 10 anos tiveram facilidade de entender os comandos básicos para animar seus desenhos. Eles têm grande interesse pela ferramenta, primeiro pelo efeito produzido, se sentem desafiados. Tenho alunos que mudaram para escola que não tinha computadores, mas continuaram investindo no uso do Flash. Encontrava com eles na rua e me falavam sobre seus progressos.
Nesses últimos anos, o Flash expandiu para além de simples animações, poderá ser usado como uma ferramenta de desenvolvimento de aplicações completas. Isso graças aos avanços na linguagem ActionScript, que é a linguagem de programação utilizada em aplicações de arquivos flashes (.swf). Aproveitando esses recursos do Flash, alunos a partir 15 anos também poderão usá-lo para criação de jogos educacionais, jogos que explorem conteúdos de sala de aula. Aposto no programa Flash como ferramenta de uso na educação. Hoje em dia, com a Internet, o professor tem acesso a vídeos aulas, basta selecionar o vídeo e ele aprenderá de casa como operar o Flash ou qualquer outro programa.
Na seção Projetos Educacionais estará disponíveis projetos desenvolvidos no programa Flash, PowerPoint, Word e outros. Confira!
Rozimeire Cortez Duque
Professora e especialista em Informática na Educação